Muito bem, gente, depois de um pequeno sumiço eis-me aqui para falar sobre o game mais comentado dos últimos meses e também o mais falado nessa semana. Claro, vocês já devem imaginar que me refiro ao Flappy Bird.
Para quem nunca ouviu falar nele, trata-se de um jogo criado pelo vietnamita, Dong Nguyen, que o desenvolveu em menos de 3 dias, tendo sido lançado na App Store, em 24 maio do ano passado.
Com a lógica de funcionamento muitíssimo simples – até porque nenhum usuário quer “aprender” para somente depois começar a jogar -, porém com grau de dificuldade elevado, chegou trazendo ainda mais brilho aos olhos dos players por utilizar elementos de clássicos, como o Mario Bros.
O objetivo do jogo é fazer com que o pássaro seja mantido em certa altitude, apenas com toques na tela, para que ele passe por entre os canos posicionados nas partes inferior e superior da tela.
E essa foi a receita para ele ter ganhado bastante notoriedade em janeiro desse ano na App Store, ficando entre os aplicativos mais baixados, tendo conquistado a 1ª colocação no dia 17, e tendo aterrisado na Google Play (loja de aplicativos do Google), em 22 de janeiro, já disparando quase que imediatamente para as primeiras colocações dos downloads mais feitos pelos usuários.
Tornou-se comum vermos nas redes sociais usuários compartilhando capturas de tela dos seus smartphones para mostrar seus recordes aos amigos.
Com o êxito repentino, vários veículos de comunicação acusaram o vietnamita de copiar outros jogos, utilizar-se da interface gráfica de empresas já consagradas no ramo, como a Nintendo, e ainda, de ter usado artifícios ilegais para promover o jogo nas lojas de aplicativos. Além de Dong ter começado a receber inúmeros e-mails, tweets, pedidos de entrevista e mensagens de usuários frustrados com o jogo.
Hoje com mais de 50 milhões de usuários, especula-se que o Flappy Bird gere por dia uma receita de US$ 50.000,00 de anúncios para o desenvolvedor.
Pois bem, apesar de todo o sucesso – pelo menos para a maioria dos indivíduos essa poderia ser a tradução do sucesso – no dia 09/02, Nguyen, divulgou em seu Twitter que dentro de 22 horas tiraria o game do ar definitivamente. Muita gente saiu falando web afora que tratava-se de uma jogada de marketing e tal, mas não, foi dito e feito: dia 10/02 o passarinho que voa dentre os canos inspirados no Mario Bros, já não estava mais disponível nem na App Store, e nem tampouco na Google Play. :-O
Então, instalou-se o rebuliço: gente vendendo smartphones a preços estratosféricos nos e-commerces da vida e até ameaça de morte o vietnamita recebeu através do Twitter.
Procurado pelo Wall Street Journal e pela Forbes ele negou que a Nintendo tenha tido alguma influência na tomada de sua decisão, afirmando que o que deveria ter sido considerado como uma forma de descontração acabou tornando-se um vício para vários usuários, e por isso, resolveu retirar o jogo definitivamente do ar.
Para um caso como esse é estranho pensarmos em interromper a evolução de um negócio que estaria gerando uma receita diária de cerca US$ 50.000,00. Mas também fica muito difícil julgar quando sequer conhecemos a pessoa, seus princípios, cultura, etc, mas do meu humilde ponto de vista, das duas uma: ou realmente houve algum tipo de pressão de algumas gigantes dos games, como a Nintendo, que pode ter se incomodado com o fato dos gráficos do jogo terem sido escancaradamente inspirados em seus games, ou ele realmente não aguentou a pressão inerente a esse tipo repentino de êxito.
Nguyen afirmou ainda que aprendeu muito com esse episódio de sua vida e informou que continuará desenvolvendo games. Dois títulos dele continuam disponíveis na App Store, é o Super Ball Juggling e Shuriken Block.
Por causa da “lacuna” deixada pelo Flappy Bird, claro, outros games inspirados nele começaram surgir e estão disponíveis para download. São eles: Iron Pants (iOS e Android), Flappy Dragqueen (Android), Flappy Crocodile (Android) e Flappy Plane (iOS).
Para quem ainda tem o game instalado no smartphone vale dar o play nesse bem humorado tutorial de como “se dar bem” com o passarinho:
Que história, hein? O que vocês acharam disso tudo?